Identidade e (dis) capacidade


Sendo as diferenças entre as pessoas um dado incontornável, a sociedade determina quais os desvios que vão consignar a diminuição ou a amplificação do valor pessoal, uma vez que está organizada segundo um sistema de representações que, supostamente, oferece ordem e sentido ao mundo perceptível.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Será pedir muito?


Hoje encontrei, num hipermercado, um senhor de uns sessenta anos, que fazia as suas compras e se deslocava em cadeira de rodas .
Neste meio século que tenho de existência, foi a primeira vez que vi um homem, deslocando-se em cadeira de rodas, a fazer compras.
Meti conversa. Disse-me que sofrera um acidente à mais de trinta anos,
Conversa puxa conversa, fomos de tema em tema, até abordarmos os direitos das pessoas com deficiência.
E ele comentou : “sabe, não peço nada a não ser um pouco de respeito. Ainda à pouco utilizei a casa de banho adaptada, e não imagina o que encontrei. Todos a usam e ainda por cima sem respeito por quem necessita. E os parqueamentos? É raro respeitarem os estacionamentos para deficientes.
Eu não peço esmola, não peço nada, a não ser um pouco de respeito para com os poucos direitos que conseguimos”.

Fica aqui o apontamento que para mim ilustra uma mudança de mentalidades: as pessoas com deficiência são autónomas, tomam as suas decisões e participam nas actividades. NÃO SE ESCONDEM,

Será que situações como esta são vulgares, e eu é que não me dera conta? Ou algo está a mudar?

PARTICIPE. GOSTARIA DE SABER A SUA OPINIÃO.

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