Identidade e (dis) capacidade


Sendo as diferenças entre as pessoas um dado incontornável, a sociedade determina quais os desvios que vão consignar a diminuição ou a amplificação do valor pessoal, uma vez que está organizada segundo um sistema de representações que, supostamente, oferece ordem e sentido ao mundo perceptível.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Questionamento

Como está a ser habitual, ilustro este blogue com retalhos de acontecimentos que considero interessantes.
Ontem, uma senhora ela dizia:
"(...)as mulheres não gostam de falar de si. Quero dizer, falam da sua vidinha, da casa, do rame rame do dia a dia, dos maridos que são sempre maus, mas acabam por ser bons; falam do quanto são vítimas para mostrarem que são fortes, que aguentam; mas não falam do que sentem, dos seus sentimentos, do que se passa com elas, com o seu corpo no ciclo de vida. Quando as coisas acontecem, não conhecem, não sabem. Acho que falta isto às mulheres. Falarem de si. Das suas coisas de mulher."

Fiquei a pensar. Será que este comentário reflecte vivências de gerações mais velhas, ou de todas as mulheres?
As mulheres não gostam de falar de si, dos seus sentimentos, ou é a sociedade que impõe o silenciar os sentimentos, a emoção, quer a homens, quer a mulheres?

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